sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Morre Edna Parker, mulher mais velha do mundo, aos 115 anos

Foi essa a manchete que li hoje cedo no Globo online. Diretamente da agência de notícia Reuters, todos os principais jornais do mundo divulgam o óbito de Edna Parker. Segundo consta, ainda, a partir deste evento, o mais velho ser humano vivo passa a ser a portuguesa Maria de Jesus, hoje com a mesma idade de sua antecessora, 5 meses mais velha.

Estamos em 2008. Quando criança eu pensava que por essa época eu já teria minha empregada robô, um carro flutuante e uma casa nas alturas com calçadas rolantes por todo o lado. A humanidade não chegou sequer perto disso ou ao menos o capitalismo ainda não permitiu que a tecnologia chegue até nós. Todos os dias centenas de crimes são cometidos sem que se descubra quem são os culpados. A cada segundo nasce um novô bebê em alguma parte do planeta. Nos preocupamos em estabelecer projeções para o tamanho da população mundial daqui a alguns anos. Pensamos na falta de água potável, de petróleo, no excesso de gente. Parece que pensamos em tudo! Tudo mesmo?

Ontem descobri que uma vizinha estava de mudança. Foi a primeira vez que a vi pelos corredores do prédio. Hoje recebi a notícia que a mãe de amigos de infância está no hospital há uma semana. Há um mês a empresa em que eu trabalhava fechou as portas por conta de problemas financeiros e estratégicos. E o relógio não para de correr. Nesse panorama, quem pode me garantir com exatidão quanto tempo eu ainda tenho para conseguir uma nova ocupação que me garanta dias mais tranquilos? Tudo é tão subjetivo!

Vivemos em um mundo aonde todos estão conectados através da rede mundial de computadores. Melhor seria dizer quase todos. Muitos sequer estão conectados à redes de água e esgoto. Boa parte da população mundial não tem contato ou talvez desconheça muito do que para nós é corriqueiro. Será que podemos anunciar a morte da mais velha pessoa do mundo?